Costa Web Novel: fevereiro 2014

28.2.14

Sétimo Capítulo PART.2 - M.A.D

Olá! 
Tudo bem com vocês? 
Fim de semana de Festa! 
Estou um pouco tristonha, mas é algo que através de duas leitoras fiéis já superei. Obrigada Ilka e Diana. 
Mais um Para vocês Hoje. 
Espero que gostem e comentem.
__________________

Sétimo Capitulo PART. 2

Mia achava que algo realmente estranho estava se passando, tudo bem que ela tinha feito 18 anos e deixaria de ser a menina do papa e agora a mulherzinha dele, mas Senhor Jorge passando um dia inteiro dentro de um shopping, fazendo tudo que ela queria era realmente surreal, ela tinha passado três horas dentro de um salão e seu pai nem reclamou, sua mãe tinha razão ele está ficando velho.
Sorriu para o homem sentado no banco de condutor com a barba feita e o cabelo grisalho aparado. Laura e ela eram a segunda família dele, sabia que em algum canto do mundo ela tinha irmãs ou irmãos, avôs paternos e tios, mas havia alguma razão seu pai não falava sobre aquilo, ele era feliz com elas e só isso bastava.
Estacionou o Nissan Armada preto na entrada de casa. Nem mesmo o carro de Diego ela conseguiu ver, talvez chegasse mas tarde, mas não era o carro dele que ela procurava, e nem vestígios da moto dele estavam ali. Tudo que conseguiu ver é o carro de sua mãe. Seria um jantar íntimo, compreensível já que eram 18 anos de sacrifícios deles.
- Abre a bagageira pai - pediu descendo do carro. 
- Pegamos isso pela manhã - avisou-a.
Eram demasiados sacos, tinha dado cabo de alguma economia de seus pais, mas como Jorge repetia ela merecia cada centavo. Talvez se Tiago tivesse por perto ela acreditaria, ele realmente conseguia convencer-lhe que era merecedora de muitas coisas. Até dele.
Deu de ombros e caminhou na direcção de casa seguida por seu pai.
Girou a maceneta  e abriu a porta.
Seus olhos humedeceram instantaneamente ao som de Parabéns cantado pelas pessoas mais importantes de sua vida. Todas as pessoas.
Mas seus olhos ficaram presos ao moreno alto e musculoso que carregava o bolo que tinha o formato de três livros e uma garota sentada no topo lendo.  Típico dela.
Ela aproximou-se do garoto e soprou 18 velas e dirigiu seus olhos nos dele esquecendo os aplausos e quem estava lá.
- Parabéns pequena - disse ele com um sorriso lindo nos lábios que quase faziam a garota perder o ar. 
Como se num acto mágico o bolo sumiu das mãos do rapaz, Mia saltou no colo dele, entrelaçando suas pernas na cintura dele apertando o corpo dele contra o dela, timidamente ele rodou suas mãos sobre as costas dela e fechou os olhos, sentindo seu coração disparar e a alegria apoderar-se dele.
- Senti tanta tua falta, Tiago - ela sussurrou no ouvido dele.
- Epá, epá - Jorge disse interrompendo os dois - Também mereço um desses.
A garota afastou-se do amigo e sorrindo jogou-se aos braços do pai. 
Os olhos de Tiago dirigiram-se ao rapaz que estava parado ao lado de sua mãe, ao contrário da mulher elegante, ele não olhava para aniversariante radiante, mas sim para Tiago.
Não havia nada que ele pudesse fazer, ele poderia ser o namorado que ela dizia amar, mas Tiago era o primeiro homem que ela sempre procuraria, aquele abraço, aquele momento, aquilo que eles transmitiram era algo diferente do normal, talvez a saudades aumentou o sentimento deles. Ele não podia privar Mia de Tiago, ele tinha que aprender que a garota é dele.
Tiago desviou o olhar no exacto momento que Mia beijou Diego, sua missão estava feita ali. A garota só precisava vê-lo ali, e isso ela já tinha feito.
Enquanto todo estavam entretidos e saiu da vivenda. Ele queria aquele beijo, e se ficasse ali, ele iria ter e Mia iria odia-lo, e ele não precisava mais uma rapariga no mundo com ódio dele.
- Onde está Tiago? - perguntou Mia aos presentes querendo entregar a primeira fatia.
O rosto de Matilde denunciou o conhecimento dá localização de Tiago, simplesmente sorriu fraco para Mia que simplesmente pousou o pires sobre a mesa. Largou a faca e afastou-se da mesa sobre o olhar de todos.
- Mia - sua mãe chamou-a enquanto ela corria nas escadas dirigindo-se para seu quarto. 
- Eu falo com ela - disse Diego sentindo-se horrível, ele estava fazendo sua garota sofrer e isso não fazia parte do trato.
- Eu faço isso - disse Matilde largando a mão do marido indo na direcção da escada. 
Talvez fosse instinto de mãe, ou sexto sentindo como diziam, mas havia algo atrás daquela história de "quem merece quem" ela sabia que a garota gostava do filho ser quem era e apesar de querer que alguns hábitos dele mudassem, isso não a afastaria dele, era o que mais a prendia nele.
Como um mal hábito, simplesmente entrou no quarto da menina e viu-a encolhida sobre a cama chorando. 
As fotografias que decoravam seu quarto na sua maioria eram de Tiago ou ela com Tiago, algumas de Diego e a família. Sempre disseram que se descrevia alguém pelo quarto.
O retrato na mesa de cabeceira era idêntico ao do quarto de Tiago, ela nas costas do filho fazendo caretas enquanto ele sorria, na época ele tinha 17 e ela 14 ou 15. 
Sentou-se calmamente na cama e passou as mãos repetitivamente sobre as pernas da garota.
- A culpa. É . Minha - dizia com dificuldade ainda chorando - Sou culpada por ele não me querer por perto - informou abraçando Matilde, humedecendo a camisa de seda lilás com suas lágrimas.
- Não, querida. A culpa não é sua - disse tentando acalma-la.
- É, é sim - disse encarando a mulher que ela considerava extremamente bela - Não devia beija-lo Matilde, eu não devia - disse - Não sei, não sei porquê, mas fi-lo e não devia - falou confusa.

25.2.14

Sétimo Capítulo Part. 1 - M.A.D


Um mês.
Ninguém alguma vez pensou que eles conseguiriam ficar um mês sem nem sequer olhar um no outro. Nem mesmo trocando mensagem. Não era fácil para ninguém, porém era o mais certo a fazer pelos dois, pela amizade deles. 
Só o tempo os ajudaria a entender o que eles realmente sentiam, mais precisamente o que Mia sentia.
Tiago sempre soube que não podia ser somente amizade o que ele sentia, ela para ele chegava a ser mais importante que sua mãe, o que o assustava imenso e tudo piorou depois da paulada que seu tio Armando deu-lhe, parece que tudo se tinha intensificado, ele já não queria ela apenas como a amiga, a irmã, queria Mia como sua, beijar-lhe daquele jeito, fazendo-o sentir coisas que nunca sentiu. Mas ele não podia, ele sabia que aquele beijo foi um erro, que Mia estava sofrendo ainda pelo termino, estava carente e que ela amava Diego.
As mensagens dela pediam o melhor amigo de volta, e não para conversar com ele, ou para arranjarem uma solução, ela queria o Tiago amigão, o grandalhão dela. E ele ainda não sabia como iria reagir perto dela, porque a fase de negação tinha terminado quando os lábios dela uniram-se aos seus. Mia era a tal.
- Quando você vai aprender a assumir as tuas responsabilidades - disse a mulher alta vestida elegantemente invadindo seu quarto.
Tiago manteu-se estático deitado na cama contemplando o teto. Era normal sua mãe entrar em seu quarto daquela forma, houve uma época que ele trancava a porta e ela tratou de remover a fechadura, talvez ele devesse tirar a porta do lugar já que não tinha nenhum uso para ela.
- É a quinta vez que Laura liga - avisou sua mãe esperando algum sinal do filho - Você não vai a festa surpresa? 
Tiago levantou o tronco e olhou para sua mãe.
- Você esta chorando? - questionou surpresa sentando-se ao pé do filho. 
Era a primeira vez depois de anos que via Tiago com lágrimas nos olhos, abatido. Ele sempre, desde muito novo, odiava mostrar seu lado sensível as pessoas, excepto Mia. Matilde amava a presença daquela menina na vida de seu único filho. Ele seria muito pior se não tivesse ela em sua vida.
- Não sei se devo ir - informou-a
- E posso saber o porquê?
- Talvez não seja bem-vindo - disse coçando as pálpebras.
- Estamos falando da família Lourenço, Tiago - disse indignada - É aniversário de Mia - avisou.
- Por isso mesmo - levantou-se da cama.
- O que está acontecendo? Você não sai se não for para Universidade, não que eu esteja reclamando - esclareceu - Mas parece que você se fechou no teu mundo e está afastando todos - concluiu.
- Não estou afastando todos - corrigiu-a - Só estou afastando Mia - encarou sua mãe.
- Porquê? 
- Ela não merece alguém como eu na vida dela - confessou.
- Sim, ela não merece - disse - Mas ela precisa - informou-o - Ela precisa de ti, de um amigo como tu, tal como você precisa dela - falou caminhando até ele.
- Você não entende - resmungou - Ela precisa ficar longe de mim! 
- Meu filho, isso é uma decisão dela - acariciou o rosto do filho e deixou-lhe sozinho. 

22.2.14

Sexto Capítulo - M.A.D


Ele andava pela cozinha, tentando preparar alguma coisa que pudesse superar os cozinhados da namorada, como se aquilo fosse possível, seria até mais fácil se ela preferisse ficar vendo televisão do que ficar observando-lhe daquela forma.
Parou diante a ela e chocalhou a mão frente aos seus olhos, ela não o observava, ela não observava nada, estava em outra dimensão, sua mente estava bem longe dali.
Estava sendo um hábito que ela adquiriu desde que eles voltaram, ficava viajando na Lua e nem partilhava como fazia antes, simplesmente dizia "Deixa para lá" sempre que ele perguntava. Talvez se ele não fizesse aquele trato com Tiago ela seria mesma de sempre, e não a garota que se desligava do mundo de cinco em cinco minutos. 
- Está com saudades dele? - perguntou virando-se para acabar de preparar a omelete.
- Saudades? De quem? - perguntou meio confusa.
- Tiago - citou o nome do rapaz tentando esconder a raiva que tinha de ter iniciado aquela conversa.
- Decidiu aceitar falar sobre isso? - perguntou confusa, lembrando-se que a última vez que ela tentou seu namoro quase voltou ao fim.
- Estou vendo que você sofre - virou para olhá-la.
- Ele simplesmente excluiu-me - a tristeza apoderou-se de sua voz. 
- Deve ter tido seus motivos - motivos 
como ele. 
O beijo.
As lágrimas surgiram de imediato nos olhos de Mia, era ela a culpada dele afastar-se. Podia ter ficado quieta e ter simplesmente aproveitado aquele abraço, e muito provavelmente não seria o último. 
- Não chores - falou enxugando o rosto da namorada com o polegar - Não precisas chorar, ele é que está sendo um idiota - falou.
- Não! Ele está fazendo o que acha ser certo - avisou-o com voz rouca.
Nenhum dos dois sabia o que podia acontecer se eles voltassem a ver-se. As coisas obviamente não seriam normais. Não seria mais Tiago e Mia irmãos inseparáveis, seria talvez Tiago e Mia os traidores, ou os amigos que escondem sentimentos. 
Porque ela sabia que quando saiu daquela turma após o teste, tudo que ela queria era voltar a sentir aquela explosão de sentimentos, aquela velocidade incrível que seu coração batia, sentir-se protegida, feliz, amada.
Beijar Diego transmitia-lhe emoções, mas longe de ser como aquelas emoções. Talvez amor não é o que ela pensava ser.
- A culpa é minha - disse por fim encarando o namorado.
- Mia - citou seu nome tentando acalma-la.
- Quero meu melhor amigo de volta - disse chorando furiosamente.
Diego deu a volta ao balcão e abraçou-lhe forte, culpado era ele. Ele é que tinha afastado ele dela, e não ela. Não havia razões para ela achar-se culpada.
- Desculpa - lamentou enquanto a cariciava seus fios de cabelo.

19.2.14

Quarto e Quinto Capítulo - M.A.D


Olá e Muitas Desculpas...
A falta de comentários no capítulo anterior desanimou-me, confesso
Mas hoje tem duplo, dois capítulos feitos pela Minha co-autora e Aniversariante.
Minha Menina Elda já tem 18 anos !!!
______________
QUARTO CAPÍTULO

Era castanha, típico tom de madeira, bem não havia nada naquele rapaz que Tiago não acha-se típico. E bem era tudo que ele queria para Mia, o típico.  Um típico namorado, um típico romance. Coisas típicas, já que tudo que ele oferecia para a garota não era nada típico. Como a manhã que foi obrigado a passar no hospital, apenas tomando soro sobre o olhar atento triste de sua amiga. Ela merecia algo melhor. E algo que ele não suportava era cabeça mais dura que a sua. 
Tocou a campainha três vezes seguidas e aguardou para ser atendido. Ele só sairia dali quando mostrasse aquele idiota que se ele continuasse a ser um palerma seria infeliz para o resto da vida, mesmo que algum dia se arrependesse. A porta abriu-se e estava por trás aquele rapaz barbudo com um vestir clássico, e de bom aspecto, Diego.
- O que fazes aqui? – Perguntou frio, expressando indiferença em seu olhar.
- Preciso conversar… - Disse Tiago gesticulando a cabeça, fazendo um movimento leve convidando-o para fora de casa.
Pelo menos até aí entendiam-se.
- Diz lá o que precisas, tenho muitas coisas a fazer.
- Presta atenção, não me agrada estar aqui e tu sabes disso, mas preciso que tenhamos uma conversa séria, e espero que percebas a mensagem…
- Estou de ouvidos, vou deduzir que tenha algo haver com a Mia.
- Não me deves satisfação nenhuma, e disso tenho a certeza que sabes. Não te vou fazer perguntas, mas …  - diz calmamente . - A Mia ama-te muito , e não é qualquer idiota, ou charlatão que vai fazer dela um brinquedo, se tu a queres é melhor ires atrás e por te a pau, ela é minha irmã e todo mal que a fizeres vais lidar comigo - avisou-o
- Gostas de fazer-te passar por irmão, para a poderes ter! - cuspiu as palavras - Quem és tu para estares aqui a dizer-me o que devo ou não fazer - saiu do apartamento - Aconselho-te a afastar-te dela antes que a metas na porcaria de vida onde tu andas, não sei o que ela vê em ti… - afirma fazendo Tiago surtir de nervos, ponto a partir para cima dele. 
Na verdade ele não sabia exactamente o que queria fazer em casa de Diego, era como se aparecendo lá conseguiria resolver os problemas de Mia. Até certo ponto Mia era orgulhosa e dificilmente corria atrás de perdão, mesmo que se sentisse culpada. Para além disso não sabia que não podia fazer mais do que conversar com Diego.
- Tudo bem, diga o que quiseres. Mas acredites ou não a Mia para mim é uma irmã e preciso que alguém cuide bem dela, e vejo que és ideal, embora muito me custe admitir - respirou fundo - Ela ama-te com todas as forças, só precisa de um pouco mais de compreensão sua… - Respondeu Tiago contendo os sua raiva. 
Deu as costas a Diego, já não tinha nada a dizer, cabia agora a ele ouvir-lo e agir. 
- Ok, eu serei mais compreensível se tu te afastares dela. – Respondeu Diego tentado fazer uma negociação suja, não pensava em ninguém se não nele mesmo.
Assim que ouviu aquelas palavras sujas, egoístas e típicas de Diego, em menos de um segundo  vira-se ficando frente a ele ,sem pensar em nada, agindo instintivamente pegou-lhe pela camisa. Diego era ainda mais idiota e do que ele achava. 
Não pensou duas vezes e deu-lhe um murro bem no centro do seu rosto e jogou-o ao chão.
- Combinado - disse Tiago indo embora. 
QUINTO CAPÍTULO

Apesar de jovem e tendo somente 20 anos de idade, ainda não sabia o que queria da vida, pelo menos não como as pessoas esperam que saiba. Sua vida não passava de sentimentos efémeros, de problemas familiares e problemas de personalidade. 
Vivia sem nem mesmo saber porquê. A única coisa que sabia que era real é que vivia, e que não era nada maravilhoso.
Naquele dia em que decidirá bater a porta da casa de Diego, fê-lo  mas não conseguia deixar de sentir dor pelo que dizia, porque não dizia por ele, mas sim pela garota. Deste então, cumpriu a sua parte do trato, afastou -se completamente sem dar explicações. Mesmo assim não deixava de pensar no dia em que acompanhou Mia para fazer o teste de admissão para a faculdade.

"- Garoto sai já de casa - gritou do outra lado da linha - O senhor prometeu acompanhar-me a universidade - lembrou-lhe Mia super entusiasmada. 
O teste estava marcado para as treze horas.
- Hoje tu é que vens, levo-te para almoçar e depois direitinho para a universidade, com o meu carro - Respondeu ainda delirando pelo presente dos pais.
-Tá, faço o que quiseres, já que tu é que vais pagar mesmo – diz desligando o telefone enquanto ouvia leves sorrisos no outro lado. "

Tiago agradecia a Deus, que nem sabia se acreditava ou não, por ter colocado sua amiga noutra universidade. Já bastava ter de ver o seu namorado praticamente todos os dias, não precisava vê-la nos seus braços também.
Tinha de compor-se pois depois de duas semanas de aulas já se previa os testes de surpresa, mas por tanto que se esforçasse não conseguia concentrar-se ao certo no que fazia, porque quando ele não estivesse embriagado de álcool estava embriagado de sentimentos.

"- Quando é que teus pais voltam? – Perguntou a ele dando-lhe um beijo suave no rosto.
- Ainda não sei - respondeu vendo-a terminar sua bebida - Ligaram dizendo que talvez ainda passam mais um mês no Brasil! - respondeu desviando o olhar  para o garçon que  passava-lhes a conta.
- Não de preocupes grandalhão, pelo menos tens-me. - consola-o segurando sua mão esquerda com os seu dez dedos e as duas palmas das mão fazendo efeito sanduíche.
- Sei que tenho… - responde esquivando o olhar para não perder a expressão MACHÃO. 
– Vamos já faltam 20 para as treze. – diz olhando para o relógio na sua mão direita."

O som da marimba soou, conhecia aquele toque perfeitamente. Toque de chamada da maioria dos iphones. 
 – Alô brother! - saudou-o - Hoje vamos naquelas bandas? - questionou Tony meio desorientado. Era um dos rapazes que andavam sempre com Tiago quando o assunto era droga e sexo.
- Não, hoje não! - respondeu irritado - Já disse para ligares quando eu mandar ligar! – Avisa Tiago irritado desligando o móvel.
Largou os cadernos e livros, notou que não valia a pena insistir estudando, não estava concentrado. A única coisa que podia aproveitar fazer é sair um pouco de casa para descontrair. 
Seus pais avisaram que já chegavam no dia seguinte, assim mais um dia a sós com aquela casa enorme. Pegou sua moto e foi...

"- Estou nervosa… - diz atrapalhada quase tremendo. 
Já sabia que seria a próxima, a senha que tinha em sua mão era a 19, e a 18 já estava sendo avaliada
- Vem cá - chamou-a - Um abraço vai acalmar-te - Disse-lhe Tiago. 
Mia entrelaçou seus braços na cintura do amigo, com um dos braços ele rodou suas costas e com o outro envolveu sua cabeça fazendo carícias suaves em seus cabelos com o objectivo de relaxa-la. 
Largou a cintura do moreno lentamente e encolheu seus braços colocando suas mãos como apoio para a sua cabeça que estava escondida no peito de Tiago. Abraço tão duradouro que praticamente esqueciam-se do local onde estavam, o bom é que não tinha tanta gente em volta. 
Tiago perdeu-se no cheiro á lírios de seu cabelo, do cheiro a caramelo de sua pele, levemente deslizou suas mãos pelas costa de Mia até a cintura, ela ainda mantinha o rosto escondido no peito dele, mas não podendo evitar aquela sensação, que nunca tinha sentido antes, aquele abraço envolvia-lhe o corpo e alma, e de jeito nenhum quis que acabasse. 
Ouviu a linda voz grossa, masculina, refinada sussurrando no seu ouvido “ Mia, Mia” e assim levantou seus olhos que ficaram fixos aos olhos de Tiago. Raramente ele aceitava fazer contacto visual, o que fez-la perceber que ele sentia o mesmo"

Já circulava as ruas durante uma hora, começava a ficar cansado. Decidiu fazer uma paragem em casa de sua tia, já não a via a muito tempo.
Bateu a porta cerca de três vezes ninguém abria , mas conseguia ouvir algum barulho. A casa era pouco protegida já que aquele bairro era seguro, ousado como é pulou o muro.
- Alguém está em casa? – Perguntou não para saber se alguém estava, mas para dar a conhecer que ele tinha entrado. Para chegar até a sala de estar tinha de passar pela cozinha, lá tinham bolos e frutas. Pegou uma maçã deu uma dentada olhou pelos armários descaradamente. 
- Armando! Armando! Ta aqui um bandido socorro! – Gritou a senhora histérica sem reparar quem era a pessoa, afinal de contas quem é que entraria em casa dela sem dar satisfação. Saio correndo para o quintal estava com muito medo até porque Tiago ao invés de identificar-se achou engraçado e foi atrás dela. Chegando ao quintal reparou que o motivo da demora para alguém notar sua presença é que havia uma festa. De repente sentiu uma forte pancada na cabeça e escureceu.

" Ambos os olhos brilhavam, pela urgência ou ansiedade de fazerem aquilo que seus corpos precisavam demais naquele momento. Precisavam compreender o que era aquilo que tinha tomado eles com apenas um abraço.
Mia desviou os seus olhos do dele, para os lábios carnudos e rosados que tinham sido os primeiros que ela tinha beijado a sua vida toda.
Sem pensar duas vezes tomou a iniciativa  e uniu-os. 
A mão de Tiago foi até a sua nuca, puxando-a mais para ele, aprofundando aquele beijo inocente que ela tinha começado. 
Fazia imenso tempo que ele negava a si mesmo que era isso que ele queria.
Após ela permitir ele penetrou sua língua, explorando-a, saboreando-a, conhecendo-a. A garota diminuiu a intensidade sorrindo no meio daquele beijo.
Era Tiago, e ela estava sentindo muito mais do que quando beijava Diego.
- Mia Lourenço - Chamaram"

- Tiago! Tiago! - ouvia fraco sua tia chamando-o.
Sua tia ou Mia? Ele via aqueles olhos tom de mel brilhantes e aquele sorriso delicado. Exactamente como ela ficou depois do beijo enquanto dirigia-se a turma onde seria avaliada.
Tinha sido a última vez que ele tinha visto a menina. 
Apertou os olhos e viu os olhos verdes e cabeleira negra presa num coque desleixado e o rosto um pouco enrugado. Não era Mia, mas sim sua Tia Diana.

____________

Espero que tenham gostado.
Comentem muito!
XOXO!

15.2.14

Terceiro Capítulo - M.A.D


Ele soltava a fumaça no ar que saia de sua boca em forma de círculos, riu dando a última tragada no cigarro que tinha em suas mãos. Jogou no chão e pisou apagando-o.
Devia ser o último cigarro do maço que tinha comprado naquela noite. Verificou o bolso para confirmar que estava sem tabaco, praguejou irritado e deu um gole único no copo de wisk que tinha em suas mãos, única coisa que restava-lhe fazer era acompanhar seu amigos fumando ervas ou beber até ficar chapado. 
Viu a rapariga que tinha a minutos atrás ido buscar sua bebida aproximando-se com olhar fixo no dele, mostrando a ele onde ela queria terminar sua noite. 
O loiro oxigenado que tinha tonalizado o seus cabelos, nem mesmo a maquiagem pesada que usava eram coisas que o atraíam, as pernas grossas e despidas podiam até excita-lo, mas naquele momento seu único interesse era o cigarro que ela tinha entre os dedos. 
Sexo, apesar dele jamais negar alguma hipótese de ter, naquela noite não era o seu objectivo, ele queria se divertir, para isso ele precisava parar de pensar que desculpa daria a pequena mulher que devia estar ligando para ele exaustivamente.
Se ela estivesse chorando queria estar demasiado acabado para não ir procurar o idiota que tinha seu coração, e se estivesse feliz queria estar exausto para não ter que passar horas falando de um homem que simplesmente o odiava por ter ido para cama com sua namorada. Que culpa ele tinha se as cadelas gostavam imenso do cheiro da sua ração. Por culpa do passado sua amizade com Mia afectava a felicidade de sua pequena. 
Ele sentiu os braços gelados da loira enterlaçarem seu pescoço, fazendo-a abrir um sorriso digno de um comercial da colgate.
- Tiaguinho - sussurrou na tentativa de ser sensual, ele simplesmente riu deixando-se levar pela falha da mulher.
Sentiu ela percorrer seus dedos por seu peito, levando de seguida a boca o cigarro que tinha, tragou e ficou de frente a ele, entre abriu a boca e logo a mulher soltou a fumaça no interior dela abrindo um sorriso de seguida. Aquilo sim era sensual, aquilo sim o atraia.
A música ficou mais calma para a alegria da loira, colocou as mãos do moreno na sua cintura e começou a mover-se seguindo um som da música.
Vadia, seria isso que sua irmã a chamaria se estivesse ali, e diria também que eles não estavam dançando, mas sim que ela estava esfregando-se no garoto.
Ele pouco se importava com o que ela era e o que estava fazendo, no final ele daria-se bem e ela ficaria mal, para ele isso bastava.
Numa urgência a mulher tomou seu lábios iniciando um beijo agressivo e fogoso. Ele simplesmente acompanhou apesar de não agradar-lhe. A pressão que a mulher estava fazendo sobre si obrigou-lhe a recuar fazendo-o sentar-se no enorme sofá de couro preto que ficava naquela área da discoteca. 
Ela ficou estática diante a ele, colocando rapidamente em sua boca alguma coisa que ele não conseguiu perceber o que era. Ignorando o comprimento da saia que usava agachou deixando Tiago entre suas pernas e tomou seus lábios mais uma vez.
- O que é? - perguntou o moreno sentindo algo sólido e minúsculo na boca da loira.
- Acho que queres é saber o que te fará sentir - disse abrindo a calça do garoto para que pudesse soltar seu membro.
Ele simplesmente riu e tomou os lábios da garota tirando o que identificou ser um  comprimido e engoliu logo.
Ouviu ela gemer no seu ouvido quando ele entrou nela. O som parecia aumentar em cada investida, e sentiu a cabeça girar e sua visão a ficar desfocada. Sentia-se bem, fazia tempo que não tomava algo tão bom quanto aquela merda que a garota tinha lhe dado. 
Mas do mesmo jeito que as coisas ficaram agitadas tudo ficou escuro. Assim, do nada.

As luzes do sol por alguma razão estavam batendo no seu rosto. Apertou os olhos procurando com as mãos alguma coisa para que pudesse cobrir a face. Mas parecia que alguém sabia que seria sua primeira reacção. Sentia algum tecido cobrindo da sua cintura para baixo e logo que alcançou puxou.
- TIAGO COBRE TE JÁ! - ouviu a ordem naquele grito histérico que tudo que fez foi fazer sua cabeça doer e pular da cama, ou melhor jogar-se ao chão.
Mia, sim, só podia ser Mia. Seus pais estavam fora do país e somente ela tinha as chaves de sua casa e ficaria tão histérica por ver Paulão.
- O que faz aqui? - perguntou com dificuldades para falar devido a dor que sentia na cabeça.
- Estava preocupada contigo - disse virando-se com as mãos cobrindo o rosto - Dois dias com o telefone desligado - justificou-se.
- Esqueci-me onde o deixei - avisou cobrindo-se com o lençol - Mas não devias estar agora com teu amorzinho - falou irônico.
- Ele me odeia - disse a garota deixando suas lágrimas correr. 
Esquecendo que nu estava e até mesmo que isso incomodava a amiga, ele levantou-se e abraçou-a, dizendo para si mesmo. Que se eles dois não conseguiam resolver isso, ele resolveria.
- Não é de mim que eu quero saber hoje! – avisa-o num tom preocupado, ainda sendo abraçada calorosamente. 
- Sei… - Responde Tiago deixando-a livre dos seus braços e olhando fixamente para ela.
- Mas não gosto de ver-te neste estado, onde é que tens andado? Não estas com um bom aspecto. – Explica com um saco preto na mão agarrando todo o lixo que via enfiando para dentro do saco.
- Não me sinto bem, ajuda-me levantar, quero lavar-me – diz Tiago pressionando os punhos na cama para cima, fazendo com que os seus cotovelos colocassem os seus braças numa linha recta.
- Espera! – Assustada Mia, mesmo sabendo que isso é efeito da pós-bebedeira e outros meios de diversão do amigo, não habituava-se com a ideia de o ter de  o observar  inúmeras vezes naquele estado. – Não percebo como continuas nisso sabendo que não é o melhor para ti- lamentava enquanto colocava o braço esquerdo dele por cima dos seus ombros.
Os pais de Tiago estavam constantemente fora de casa, trabalhando. Seus trabalhos exigiam que viajassem bastante, mas como recompensa tinham bons fundos, eram ricos. Mia ajudava-o em questão de alimentação e limpeza várias vezes, não muito porque ele precisava, mas porque gostavam de estar juntos.
Mas hoje Tiago estava pior que o habitual, estavam os sentimentos e o álcool a fazer efeito. Para além de ser um rapaz bastante inteligente, não fazia o que sempre aconselhava aos outros principalmente à Mia, que significa que realmente não entendia o que chamava certo.
Quase a chegar ao banheiro Tiago escorrega dos braços de Mia, quase atirando-se ao chão. Engatinhou para que chegasse depressa ao pé da sanita, e lançou para fora tudo o que tivera ingerido naquela noite turbulenta. 
Levantou-se, não percebia ao certo o que acontecia ao seu redor, olhou para o espelho, tentando ajustar sua visão, safou sua boca e lavou o rosto com água que saía da torneira do lavatório e passou o braço direito em cima dela, e a garota limpou-lhe o rosto. 
Em silêncio acompanhava todo o movimento que ele fazia, ajudando-o algumas vezes a coloca-lo em condições, mas ele quase nem se apercebia.
- Vamos pegar um táxi - avisou- Vamos para o Hospital! – Ordenou com pouca firmeza. – Preciso que estejas bem.
- Mia por favor… deixa-me estar… desculpa-me não quis que estivesses aqui – Falou com longas pausas.
- Está bem mas vou cuidar de ti… - Avisou Mia.
____________________
Lembro-me perfeitamente que a Eldinha ficou envergonhada com este capítulo, por favor não me julguem por ele, filmes, livros e fic's contribuem muito na criatividade. Amanhã tem mais. 
Leitores brasileiros...
Sanita = privada
Lavatório = pia
Nos deliciem com vossos maravilhosos comentários.
XOXO

13.2.14

Segundo Capítulo. - M.A.D


Olá! Estamos amando os vossos comentários!
Esse tá meio grande, não fiquem com preguiça não tá!
______________________

O sorriso que tinha em seus pequenos lábios não era sincero, porém tinha que confessar que de certa maneira era cómico ver sua mãe revirando seu roupeiro para encontrar algum conjunto para obriga-la usar. 
Algumas gargalhadas a mulher de sua vida era capaz de arrancar de si quando ela informava que não vestiria a roupa escolhida, sabia que dentro de minutos sua mãe iria dizer que ela não tinha roupa para sair, mas acreditava que isso não a faria desistir da missão de tirá-la de casa. 
Tiago e Laura quando punham juntos algo na cabeça em relação a ela, ou ia até ao final ou ia até ao final. 
- Isso vai ficar-te tão bem - informou mostrando a morena que tinha ainda os cabelos molhados devido ao banho recém tomado, o vestido com padrão floral rodado - Presente do Tiago? - a garota confirmou balançando a cabeça. 
Seu amigo tinha bom gosto, apenas não sabia usá-lo, se soubesse mulheres como as que ele leva para cama não conheceriam o que ele baptizou por "Paulão". Tiago precisava de uma mulher firme, pois ela sabia que não precisava muito para ele ser melhor que muitos homens que conhecia. 
- Queres que trate do teu cabelo? - perguntou a sua única filha enquanto entregava-lhe o vestido.
A garota balançou a cabeça negando, e foi para o banheiro que tinha em seu quarto. Sabia que ao contrário dela sua mãe não iria deixar a roupa atirada pelo quarto inteiro, algo que ela não tinha herdado dos pais era organização, também vestir frente a ela seria meio desconfortável, já fazia a anos que sua mãe nem a via de roupa interior.
- Que desarrumação é essa? – Perguntou meio irónico entrando no quarto de Mia, apesar de já estar habituado a encontrar o quarto naquele estado. 
Livros sobre a cama, roupas fazendo papel de tapetes, e ainda diziam que as mulheres são muito arrumadas.
Laura ,diferente de muitas mães tinha um estilo meio liberal,  mas havia limites. Não se importava com o local onde o amigo de sua menina preferia ficar, dentro ou fora do quarto dela, não havia importância. Sabia que nada poderia acontecer entre eles dois. Não havia aquele impacto físico, aquela troca de olhares que os desligava do Mundo, que desperta-se calores a quem estivesse perto. Eles eram irmãos, agiam como irmãos, brigavam como irmãos. Tiago era um para ela.
- Mãe manda esse gajo fora do quarto, está aqui a mandar indirectas e não estou vestida -  sua voz ouvia-se do banheiro onde estava, notava-se que seu ânimo  era outro, não admitia mas amava a indelicadeza de Tiago.
- Vá lá querido… - disse Laura gesticulando a cabeça, dando a entender ao rapaz que saísse do quarto.
Uma menina mulher, linda e meiga. A tristeza nos olhos notavam-se mas em seguida era abafada pelo sorriso bajulador agora mais verdadeiro, que saindo do banheiro notava-se.
Puxou o cabelo para trás fazendo um coque alto e meio desarrumado, com as orelhas livres de qualquer enfeite, usando o vestido que o Tiago ofereceu e uns sapatinhos rosa sem padrões e com um pequeno laço em frente de cor branca, jeito de vestir muito feminino.
-Estou pronta – falou olhando para a mãe de um jeito encantador e ao mesmo tempo de quem comeu e não gostou.
Tiago já tinha a sua carta de condução a bastante tempo, mas seus pais evitavam ter de o oferecer um automóvel, pois já tinha feito besteira que chegue.
- Hoje tenho de sair, não vou com vocês, peguem as chaves do meu carro e avancem. Eu vou de boleia – Avisou Laura. – Juízo – Alertou.
Tiago segura a mão de Mia quase arrastando-a para fora de casa, levando-a para dentro do carro, um Elantra preto que a mãe da morena tinha a 4 anos. Abre a porta a direita para que ela pudesse entrar e rapidamente dá a volta pela frente e entra para o lugar do condutor.
- Eu não acho que tu sabes onde estas a levar-me! – Afirmou olhando para o telefone, provavelmente esperando  uma mensagem do namorado, ou seja ex-namorado. 
Já eram 17 horas, e faltava pouco para o por do sol.
- Espero que não me leves num sítio que não sabes como voltar - Continuou.
- Achas mesmo!? Tu queres é que eu diga onde vamos, espera… - insinua olhando para ela encostada á cadeira inclinada um pouco para trás, permitindo- a repousar, enquanto ele a apreciava sorrindo.
Na verdade ele não sabia mesmo onde ia, não haviam muitos sítio que achasse conveniente, tinha claro os cinemas, os restaurantes, e tudo mais, mas não eram esses sítios que a sua querida precisava, tinha de ser um sítio onde pudesse gritar sem que ninguém ouvisse, chorar sem que ninguém julgasse, e revelar-se onde ninguém estava a espreita. Logo pensou na coisa mais simples e bela que nesse mundo há para contemplar.
Mia adormeceu, sem que soubesse onde ia. Mas não havia motivo de se preocupar pois confiava-o com todas suas forças, não é a toa que sua mãe emprestou até o automóvel... 
- Linda! – Sussurrou de modos a que acordasse. – Boneca, chata, pessoa! – Chamou mais alto para que a irrita-se. – Vá la , acorda chegamos - disse um pouco mais rabugento. 
- Já? Onde estamos?- Mia finalmente respondeu abrindo os olhos lentamente, vendo como primeira imagem a face de Tiago. - O Carro? – Assustou-se pois reparou que a ultima coisa que lembrava é que  estava no automóvel a olhar para o telefone. 
Logo ele deita-se ao lado dela, relaxando todo corpo na areia morna, aquecida pelo sol do fim da tarde, enquanto que ela senta-se para ver onde está.
- Acertaste, era desse silencio que eu precisava - diz apreciando a beleza do mar e seus acompanhantes , a lua , céu, as estrelas e a bela brisa, e deitou-se logo encostando-se ao peito de Tiago.
- Sabes tu não és tão durão como pensas ser, tu até és uma coisa fofa – declara gozando com a masculinidade do rapaz, sem resposta alguma. – Como é que enches-me de conselhos sobre relacionamentos e não consegues ter um? – pergunta curiosa.
-Não queres falar sobre isso, e perguntas porquê?
- Talvez porque quero falar sobre isso – responde Mia ainda na mesma posição. –Sabes já tens 20 anos e nunca falaste-me sobre nenhuma garota que mexeu contigo, de ninguém que achas legal, e diferente, e já conheço-te desde os meus 13 anos, tinhas uns… acho que … deixa-me contar…  1… 2…
- Já começas com essas contas, tens muito gozo – diz interrompendo-a enquanto ela ria-se de como ele pronunciou a última palavra - O facto de ter ou não essa idade não determina o facto de eu ter ou não ter uma namorada… - informou-a - mas Mia essa conversa deixa para outro dia, deixa-me estar, fico ótimo contigo nos meus braços, e sem abrir a boca – diz rindo-se dela enquanto ela olhava-o com ar estúpido.
- Está bem, mas … posso falar sobre mim não posso? – pergunta de um jeito meigo, mostrando necessidade de revelar-se, de abrir-se.
- Diz lá o que queres me dizer, mas que não seja lamentações. – Responde sereno.
- Humm deixa para lá, só dizes isso quando não queres ouvir- diz ela, olhando triste para o amigo.
- Ya! É verdade - responde com tanta naturalidade fazendo-a desatar a rir.
Não tinham como ficarem zangados um com o outro, claro havia dias, mas esses eram poucos, pois já entendiam a personalidade um e do outro, e agradava-lhes a honestidade como lidavam com as coisas, sendo más ou boas. 
- Queres nadar? – Levanta-se rápido como se fosse fugir de algo, e olha para Tiago. - Quero nadar com roupa só vejo isso nos filmes – diz correndo já para água sem esperar resposta, sem temer nada e salta para água,  pulando feito doida, gritando, cantando, nadando um pouco, mas sobre tudo brincando com a água… claro Tiago não quis fazer essa besteira . Sentou-se com os joelhos encolhidos e com os ombros neles apoiado, olhando para a menina, a sua  bebezinha a brincar com água.
Sentiu algo vibrar perto dele, retirou a atenção da amiga e procurou o objecto. Reparou que Diego ligava para a Mia, e já era a terceira vez. Levantou-se sacudindo a calça e caminhou até a água. 
Mia jogava a água para o alto, emergindo seu corpo e saiu dele com um sorriso enorme nos lábios. Jogou água na sua direcção o que fez recuar um pouco e ela voltou a emergir e nadar para longe. Ela estava feliz, estava sorrindo de verdade. O telemóvel dela voltou a vibrar. A lua iluminando o corpo dela boiando, era possível ver que ela estava longe de lágrimas e decepções, de lamentações e porquês. Ela estava bem. Desligou o seu telemóvel e o dela. Jogou na areia , junto com cada peça de roupa que cobria seu corpo, estando apenas de boxer, mergulhou para fazer companhia a ela.
Já eram 23 horas, Mia estava toda ensopada, molhando o assento, enquanto o espertinho estava como se não tivesse feito a mesma coisa. 
Chegaram em casa, os dois eram vizinhos de bairro, viviam na mesma rua em casas não muito distante. 
O mundo parecia ser só deles naquela noite fizeram todo o tipo de brincadeira. Saíram do carro os dois, Mia decidiu que tinha de ser levada com uma princesa para dentro de casa, mas Tiago não era o príncipe, mas o cavalo, saltou para cima dele, para as suas costas exactamente, e andavam na direcção de casa agarradinhos. Quando Mia desce para abrir a porta com as suas chaves nas gargalhadas com o Tiago devido a ideia do amigo de fazer sons típicos de um cavalo. 
- Então é por isso que não atendias o telemóvel!? – Pergunta Diego com ar de desgosto e desilusão. 
Ela estava ali rindo alto, divertindo-se, enquanto ele sofria, quando ele decidiu por o orgulho de lado e tentar resolver, procurando uma maneira de tê-la de volta. E ali estava ela, com ele, feliz. 
- Diego!? – Assustou-se pois sabia que aquilo não era agradável para Diego, sabia que ele veria além do que era. Maçãs quando Tiago estava por perto, aos olhos dele eram veneno – Diego estas aqui muito tempo? – Pergunta Mia a ser interrompida pelo Tiago.
- Fica bem Mia já tens companhia, vejo-te amanhã - Diz Tiago fugindo da situação, pois não era segredo para ninguém que havia algo estranho entre ele e o Diego, rumores, meio verdadeiros pensava ele.
Diego olha para ele com raiva, mas sendo a pessoa que é decidiu não passar palavra a Tiago e permitiu que os deixasse a sós.
- Faz alguma diferença se estou aqui a muito tempo? – Perguntou frio. – Eu estava preocupado contigo… - falou olhando profundamente para ela. – Fique bem Mia, já está tarde, vou para casa. – Avisou enquanto que da boca dela não saia nem uma palavra, sentia-se culpada, nunca o tinha visto assim. 
- Diego! Amo-te lembra disso. – Avisa Mia sincera enquanto que ele ia embora sem olhar para trás.

___________________________
 Gostaram? Se sim comentem tá! Se não também comentem que a gente faz melhor no próximo.
Comentários respondidos aqui
Recebemos muitos comentários positivos que nos deixaram eufóricas. 
Obrigada, voltem sempre!
XOXO!

11.2.14

Primeiro Capítulo - M.A.D

Parecia que o dia lá fora estava tão embaixo como ela. Além da preguiça, a tristeza não incentivava-a a levantar-se da cama.
Voltou a cobrir-se toda, encolheu-se por debaixo dos lençóis, fechou os olhos e deixou-se levar pelas recordações.

"Suas mãos grandes e fortes acariciavam os cabelos castanhos que recentemente ganharam mais cor, o chamado "ombré". Ele podia ter visto em imensas meninas, mas na sua estava biliões de vezes melhor.
- Ei! - viu a sua pequena estalar os dedos frente ao seu rosto - Mia chamando Diego! - disse com um sorriso enorme no rosto.
- Diego respondendo Mia - respondeu a namorada com a cara mais cômica provocando risos altos a morena.
- No que estava pensando? - questionou sentando-se no colo do rapaz  de frente.
- Que eu tenho a melhor namorada do Mundo - confessou - A mais bela, com o sorriso mais belo, a boca mais pequena do mundo - citou fazendo a menina corar de embaraço.
Alguns anos atrás ele podia dizer que aquilo era estúpido, era falso, nada demasiado bobo e romântico parecia ser real, mas como estava farto de ouvir " ele ainda não tinha conhecido a mulher", mas isso tinha sido no passado. Agora a sua credibilidade tinha mudado imenso, e a culpada não conseguia ficar mais 5 minutos sem ter o rosto da cor da polpa de tomate.
- E eu tenho o namorado mais mentiroso do mundo - disse gozando.
A cara de Diego fechou e logo começou a fazer cócegas na garota que no meio de gargalhadas implorava que parasse, mas havia uma regra entre os dois e um castigo pela falta de cumprimento dela. Cócegas para quem chama-se o outro de mentiroso.
- Para, por favor - dizia ofegante e igualmente histérica.
Seus pequenos lábios foram tomados suavemente pelos dele, iniciando um beijo que ela conhecia as sensações como também sabia onde os iria levar.
Sua mente ganhou vida quando sentiu as mãos fortes em sua perna, acariciando-as suavemente, provocando sensações boas, relaxantes e assustadoras.
Quando o beijo se intensificou pode perceber que ao contrário dela ele estava apreciando o momento, mas ela não era capaz disso, onde já sentia as mãos dele percorrendo suas costas sabia que o próximo passo era remover a camisola de mangas compridas que usava. Tinha sido Tiago que a tinha informado esses passos e ele também a tinha dito que ela não devia estar pensando.
Sentia medo, medo de não ser como imaginou, que se fosse arrepender, ou que ele não fosse o homem com quem ficaria o resto de sua vida ou até mesmo, que não fosse boa o suficiente para ele.
Quando a voz de Bruno Mars cantando Just the way you are tomou o silêncio que estava na sala, apesar de não ter força alguma comparando-se com Diego, conseguiu soltar-se rapidamente dos braços do namorado tão ofegante quanto ela.
- Tiago - disse atendendo o aparelho sem ter necessidade de ver o nome no ecrã.
Não era surpresa para Diego que se tratava do irmão postiço de Mia, se não fosse ele interrompendo, seria Mia que fugiria dele para ligar para o irmão. Tudo para ela era Tiago. Isso irritava-o, era ele antes dele. Tudo bem que ele já se conheciam muito antes, mas ele era o namorado.
- Tiago vem apanhar-me - avisou a menina com o rosto pálido e os lábios demasiado vermelhos.
- Sempre Tiago - resmungou baixo.
- Para Diego - pediu enquanto calçava  os tênis.
- Nem sequer comecei - disse meio alto - Talvez esse seja o problema eu nunca falei - disse mostrando toda sua irritação.
- Se parasses de ouvir os teus amigos, nem terias o que falar - disse ignorando o tom de voz que ele usava.
- Porquê? Começo a pensar que eles estejam certos - disse fulo - Sempre que a gente está numa boa, você sai correndo para ir ter com ele - falou.
- Você chama estar numa boa quando está quase comendo-me? - perguntou mudando o tom.
- Mia  isso é o que os namorados fazem, quase se comem ou comem-se depois de certo tempo de namoro - falou para namorada - E não saiem correndo para ir ter com melhores amigos no meio - avisou.
- Então tudo se te trata de comeres-me? - perguntou confusa e sentindo as lágrimas surgirem em seus olhos
- Não começa com a Porra desse teu meio de escapatória que já me fartei - gritou - O problema sempre foi e será o teu melhor amigo, essa mania de sempre fugires quando tudo que eu mais quero é que fiques - disse furioso.
- Acho que não deves mais preocupar-te mais com Tiago  e minhas fugidas - disse contendo as lágrimas e a vontade de gritar que tinha.
- Eu sabia que irias compreender - disse aliviado usando o tom normal.
- Liga para a Mônica ou a Lili, acho que elas obviamente não vão fugir quando tudo o que quiseres é que elas fiquem - avisou-o com uma determinação que ela não sabia ter - Tiago já deve estar esperando por mim - disse olhando rapidamente para o telefone.
- Estás a ser estúpida- despejou.
- Hoje será a última vez que serei - disse perdendo a determinação - Tens mesmo que matar o atraso - falou.
- Eu não preciso matar atraso - falou entendendo o caminho onde Mia levava a conversa.
- Teu querido e tão adorável amigo que tu fazes tanta questão de ouvir não diz o mesmo - falou.
- Eu já disse que espero - dizia entrando em desespero - O assunto não é sexo e sim Tiago - falou.
- Errado o assunto é Tiago interrompendo o nosso quase sexo - falou.
O rapaz suspirou de frustração, aquilo era cansativo, aquele tema era cansativo, não era fácil esperar, mas ele esperaria por ela. Quando ela estivesse pronta ele estaria lá.
Mas o problema para ela  era o porquê que não se encontrava pronta, pronta para ele. Ele estava certo ela sempre fugia, quando via a sede de domá-la em seus olhos e ao contrário dele ela não tinha ninguém além de Tiago e sua mãe que muito provavelmente apoiaria a sua decisão . Mas eles estavam juntos a imenso tempo, ela gostava imenso dele, se ele era o rapaz certo, porque não estava preparada. Ela devia estar se ele é o rapaz certo.
- Não vou mentir dizendo que não quero, dizendo que não fico fulo quando tenho que ir tomar um banho gelado, mas eu esperarei - confessou acariciando o rosto pequeno e delicado da morena dos olhos de mel.
- Você já não precisa esperar - disse retirando a mão dele de seu rosto - Nem de banhos gelados, nem de se irritar por eu fugir  - falou - Já não irei fugir- avisou -- Estou indo embora - informou-o exactamente no momento que seu telemóvel voltou a tocar. "

As lágrimas corriam por seu rosto velozmente. Tinha sido ela que tinha tomado aquela decisão, não havia razão para chorar tanto, ele sim. Ele tinha.
________________________

Olá pessoal! Cá vai o primeiro! 
Obrigada por Comentarem e pelas Visualizações. 
Espero que Gostem 
XOXO

9.2.14

Meu Amor é Doutro



SINOPSE

Desde que se conhecem por gente Mia e Tiago são amigos, os melhores do mundo. As pessoas quando olhavam para eles e não viam dois pombinhos, mas sim irmãos com sangue diferente correndo na veia. Mas um beijo, um inocente beijo muda a visão deles e do mundo.

_________________________________

 .... PRÓLOGO...

O som alto da música mexida que saia dos fones que tinha em seu ouvido, não conseguia cessar a depressão que estava sentindo naquele momento.
As lágrimas corriam em seu rosto a horas, mal conseguia ver um palmo de sua almofada. Agia como se tivesse sido naquela noite que tudo tivesse terminado. Já se tinham passado dois meses e ela continuava agindo como somente duas horas tivessem passado.
Encolhida em sua cama, aconchegando-se na enorme camisola de lã que cobria sua pele. Sorriu pela primeira vez naquele dia ao sentir as mãos quentes rodarem seu corpo, e a respiração calma e quente bater em seu rosto. O cheiro de seu corpo denunciava o invasor, fazia anos que aquilo sempre acontecia e nem sempre ela se encontrava tão deprimida, ele simplesmente sabia o exacto momento que devia abraçá-la, aconchega-la, consola-la.
Respirou fundo, e percebeu que ele tinha acabado de sair do banho, não devido o cheiro do sabonete mas a ausência do cheiro a tabaco. Ela era a única rapariga na face da terra que fazia ele largar os seus inseparáveis cigarros nem que fosse por questões de horas.
- Novamente o barbudo? - questionou a pequena dona dos olhos de mel, que para ele era ainda mais especial que uma pedra de diamante.
- Eu não sei o que fiz? - disse com a voz rouca pelo choro, libertando mais algumas lágrimas.
- Tu fizeste o que achaste ser correcto - informou-a enxugando com os polegares as lágrimas que corriam em seu rosto - Nem sempre o que é correcto nos faz feliz - avisou-a.
- Mas eu o amo - disse olhando profundamente para o amigo -  O que sinto por ele é tão próximo com o que sinto por ti - confessou - Porque é tão difícil? - questionou afogando o rosto no peito do amigo.
 - Porque não era o momento - disse acariciando os cabelos castanhos, loiro nas pontas.
- " Você estará preparada quando for o rapaz certo" - citou as palavras que o amigo vivia dizendo para ela.
- Tu simplesmente não estavas preparada - disse a baixinha mais adorável que conhecia.
- Ou simplesmente ele não é o rapaz certo - disse encarando o moreno.

____________________________

Olá!
Bem, era para eu postar daqui a exactamente três horas, mas acho que daqui a três horas não iria conseguir manter-me acordada, então aqui está a sinopse e o prólogo. Espero imenso que gostem e comentem por favor. Nem que for um "legal" é só para saber que estão lendo.
Então, Bom Domingo.
XOXO
!

6.2.14

Meu Amor é Doutro - Personagens

Mia
(Ignorem o piercing)
Maria Lourenço, é uma rapariga de 17 anos tímida, quando não tem seu fiel companheiro, Tiago, por perto. Apesar de ser amiga dos livros não é uma nerd, apesar de nunca ter tido nota baixa. É apaixonada por Diego, seu ex-namorado. Apesar do sentimento ser recíproco, Mia ainda não estava preparada para a próxima fase.

Tiago
Tiago Mendonça, é o típico rapaz que nenhum pai quer perto de sua filha. No auge dos seus 20 anos as mulheres para ele serviam apenas para fornecer-lhe prazer. Se houvesse algo que ele adorasse mais que sexo, festas e cigarro, obviamente seria Mia, a irmã mais nova que a vida lhe ofereceu. Apesar frequentar a mesma Universidade que Diego e terem um passado meio perturbado, apenas conheceu o garoto pela irmã falsa. Apoiou a relação pois sabia que era o momento de sua irmã conhecer um mundo além de amigos e beijos roubados.

Diego
Diego Cardoso tem 20 anos, e é o oposto de Tiago. Para ele o Mundo não era apenas feito de festas e maços de tabaco. Apesar de Mia ainda não ter atingindo a maior idade viu nela a mulher ideal para si. Sendo amiga de quem é, a garota revelou ser uma outra pessoa, surpreendendo-o. Sendo sexualmente activo intimidou a menina por quem sentia algo bem próximo a amor. Apesar de não exigir, o fogo possuía-os sempre que estavam juntos levando-os a um ponto que a fazia sentir-se pressionada. Mas para ele o pior ela ser grudada ao seu irmão postiço, o que fazia seus amigos e ele mesmo pensarem que Mia não era tão dele quanto imaginava.
_________________________________________________
Aqui estão os protagonistas, espero que gostem.
XOXO.

5.2.14

Estreia

Olá a Todos. 
Este é o Costa Web Novel, onde nós, Erii e Eldinha, vamos postar as estórias fruto da junção da nossa imaginação. A primeira que iremos postar é " Meu Amor é Doutro" que irá estrear dia 9 de Fevereiro. Explorem e comentem não é um  pedido, e  sim um conselho rsrsrsrs ( Brincadeira)
XOXO.
E&E